À flor da pele : dançando nascentes ancestrais-originárias do Brasil

Título

À flor da pele : dançando nascentes ancestrais-originárias do Brasil

Autor

Santos, Priscila Carneiro dos

Colaborador

Pizarro, Diego (Orient.)

Descrição

Com a necessidade de estudar mais o corpo, as origens dos saberes e a relação real do que se tem como conhecimento das brasilidades que compõem o territótio, surge o desejo de alimentar modos de criação em/com danças a partir de experiências pessoais que possam revelar e aprofundar as relações atreladas aos saberes originários do Brasil. É esboçada uma cartografia-dançante (não convencional para uma artista da área) dos próprios saberes de experiências das danças contemporâneas e práticas de improvisações (pessoais e somáticas), co-relacionadas com leituras de textos e produções audiovisuais (indígenas e não indígenas) percebendo semelhanças com os modos de vida de algumas culturas indígenas. Importante frisar que este estudo não teve o intuito de abordar ou reproduzir uma dança ou prática ritualística indígena. Para tal, a metodologia vivenciada que possibilita desenvolver este estudo em sua potência criativa dentro da academia foi a Prática Artística como Pesquisa (PArP). Desse modo, o recorte deste estudo é mergulhar, brevemente, na diversidade, de algumas culturas indígenas do Brasil (mencionadas durante o corpo-texto) como forma de conhecer e validar outros saberes que não foram mencionados durante o percurso educacional desta pesquisadora e que fazem parte da cultura desta terra, reconhecendo outras sociedades que compõem o Brasil. Como mencionado por Fredyson Cunha (2019) e verbalizados por diversos povos indígenas, sem exageros, é a primeira identidade originária do Brasil. Dito isso, busca-se, em ritos-laboratórios, mover algumas questões existenciais que guiam as ações desta pesquisa: O que e quem somos? Quantos nos habitam? O que queremos? Para onde estamos indo? O que queremos manter como tradição? Quais necessidades de atualizações como forma de regulação da diversidade? Movimentar tantas questões faz perceber que muitas das práticas sociais possuem semelhanças com as práticas indígenas e assim surge uma pergunta: Quanto da prática brasileira é reconhecida ou se aproxima às práticas indígenas? Existem muitas informações sobre as culturas indígenas e muito pouco delas estão presentes nos espaços educacionais e educativos, afirmando o que os indígenas e não indígenas comunicam sobre uma política de apagamento e esquecimento do estado e população. Surgem também outras questões como: quanto das pesquisas brasileiras são/têm influências das culturas indígenas e como estão sendo expandidos as pesquisas brasileiras que são ‘estímuladas’ por pesquisas externas (eurocentradas ou norte americanizadas), tendo como prática/cosmovisão/saberes a cultura diversificada do Brasil? Mergulhar nos elementos naturais possibilitou uma (re)conexão de corpo-natureza como sabedoria ancestral/espiritual que não é difundida nos espaços educacionais (fundamentado nesta trajetória-dançante) e que os indígenas compreendem a complexidade desse conhecimento nos seus modos de perceberem o mundo. Sendo assim, este estudo continua se desaguando a partir das questões e reflexões emergentes à flor da pele.

Assunto

Dança
Sentidos e sensações na arte
Cosmologia indígena
Linguagem corporal na arte
Prática artística como pesquisa

Data

2023

Editor

IFB Campus Brasília

Identificador

Direitos

A obra está regida pela licença pública Creative Commons e protegida pela Lei de Direitos Autorais, nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, sendo proibido qualquer uso da obra que não o autorizado sob esta licença ou pela legislação.

Idioma

PT

Tipo

Monografia

Formato

84 p.

Relação

10112023MC

Referência

Santos, Priscila Carneiro dos , “À flor da pele : dançando nascentes ancestrais-originárias do Brasil,” Biblioteca digital de Trabalhos de Conclusão de Curso, acesso em 3 de maio de 2024, https://bdtcbra.omeka.net/items/show/1007.